Capitulo 60 ✌️

Júnior: mãe sinceramente a gente terminou e eu não estou interessado em saber dela ta ? Vou desligar que preciso dormir porque amanhã cedo eu tenho treino 

Nadine: filho ela não ta nada bem, ta inconsciente a horas e só chama por você - senti um arrepio percorrer todo o meu corpo e meu estômago embrulhar, o que ta acontecendo ? 

Júnior: o que ela tem mãe ? - ok não consegui nem disfarçar a minha preocupação 

Nadine: não sei te explicar direito - suspirou - parece que foi internada com pneumonia - minha mãe tava mentindo, eu tinha certeza que estava, ela não ia me ligar por causa de uma pneumonia, era algo muito sério, estavam me escondendo algo e  eu odeio isso 

Júnior: o que você quer que eu faça ? 

Nadine: não sei filho, faça o que o seu coração mandar - desligou e quando eu percebi as lágrimas já estavam rolando sem parar. O que ? Eu estava chorando por uma garota que me deixou sem mais nem menos ? Que me deixou cheio de perguntas sem resposta ?  Para de ser otario moleque, ela te largou, deixa ela que se dane la. Tentei virar pro lado e voltar a dormir mas as palavras da minha mãe ecoavam na minha cabeça " faça o que o seu coração mandar". Quer saber foda-se tudo, levantei da cama, foda-se Barcelona, eu to indo ver a Fernanda. Peguei meu mac entrei no site de algumas companhias aereas e não sei como, foi por Deus mesmo, havia um voo pro Brasil  que ia sair dali uma hora, esse mesmo, comprei a passagem, peguei uma mochila no closet, joguei algumas coisas que provavelmente eu iria precisar. Vesti uma calça jeans, uma camiseta da nike e um moletom por cima, calcei meu tênis da nike, coloquei um boné na cabeça, me perfumei, peguei o celular e dinheiro e desci. Encontrei o Duda la na sala com o Gil e o Jota
Gil: onde é que você vai ?
Junior: to indo pro Brasil
Duda: oi ? - até engasgou
Jota: ta ficando louco ?
Junior: não, só to indo pro Brasil
Duda: você não pode ir
Junior: não pedi sua permissão
Gil: o que ta acontecendo ?
Junior: a Fernanda - minha garganta deu um nó e travou
Jota: o que tem ela Junior ?
Junior: ta no hospital - as lagrimas já estavam queimando nos meus olhos - eu preciso ir pra la , Big me leva pro aeroporto - joguei a chave do meu carro pra ele e saimos dali. Entrei no carro e não abri a boca até chegar no aeroporto, meu coração estava tão apertado que não consigo nem explicar o que estava sentindo. Agradeci o Big por me trazer, sai do carro e fui direto fazer o check in. (...) 11h30 depois eu estava aterrissando em São Paulo. Não consegui pregar o olho e olha que eu sempre durmo em viagem de avião. Sai do avião e corri pelo saguão pra conseguir um taxi e também pra que ninguém me reconhecesse. Quando entrei num taxi o senhor até levou um susto quando viu que era eu, pediu autografo e eu o atendi atenciosamente, depois tiramos uma selfie e eu não sai com uma cara nada boa. Minha mãe havia me mandando uma mensagem quando eu disse que tava vindo pro Brasil, avisando que a Fer estava no Albert Einstein, então pedi pra que o taxista me levasse pra la. Eram 15h da tarde no Brasil então o transito não facilitou nem um pouco, e gastamos mais de um hora pra chegar. Paguei a corrida, entrei correndo no hospital e levei uma eternidade parar encontrar no mapa a ala em que a Fer estava. Tive que perguntar na recepção para alguém me indicar a direção certa e então corri para sala de espera onde encontrei minha mãe e a tia Gio sentadas, nenhuma delas parecia bem e provavelmente passaram a noite aqui.

Junior: onde ela esta ? - as duas me olharam - onde ela esta ?
Giovana: no final do corredor
Junior: eu posso vê-la ?
Nadine: filho - se levantou
Junior: eu só quero vê-la por favor
Giovana: ela esta dormindo, mas é claro que você pode ir la - segurou minha mão e tentou esboçar um sorriso. Deixei as duas ali e corri pro fim do corredor. Ao entra no quarto me deparei com a pior cena que eu já vi. A mulher que eu amo, a minha Fernanda em um leito de hospital com os olhos fechados, pálida, magra, coberta com um lençol até um pouco acima da cintura, tomando soro e respirando com a ajuda de uma cânula ou coisa assim no nariz. Não pude controlar as lagrimas que caíram sem parar, balancei a cabeça tentando afastar tudo que estava sentindo. O mundo parecia ter congelado pra mim naquela cena. Minhas cabeça dava voltas. Demorei a me aproximar da cama porque eu simplesmente não queria aceitar que aquilo estava realmente acontecendo. Caminhei lentamente até a cama e parece que levei uma eternidade pra conseguir ficar ao lado dela. Segurei carinhosamente os dedos dela nos meus e fechei a mão. Fechei os olhos e respirei fundo na esperança de que quando abrisse de novo tudo aquilo seria só um pesadelo. Mas não era, era a dor mais real que eu já havia sentindo e eu nem sabia ao certo ainda o que ela tinha, mas com certeza não era pneumonia. Fiquei ali por varios minutos ou horas sei la, havia perdido a noção do tempo desde que acordei com o telefonema da minha mãe. Acariciei suas mãos e seu rosto incessantemente, mas ela continuou desacordada e aquilo me dava um aperto no fundo do peito. Eu queria continuar ali com ela mas sabia que precisava sair um pouco ou não iria conseguir suportar tudo aquilo. Encostei meus labios nos dela mais uma vez e sai do quarto sem ao menos conseguir dizer nada, eu estava entalado por lagrimas que estavam me sufocando. Na sala de espera encontrei somente minha mãe sentada no mesmo lugar, olhando pro nada.

Júnior: mãe pelo amor de Deus me conta o que ta acontecendo - falei quando me aproximei

Nadine: filho senta - segurou minha mão e eu puxei meu braço 

Júnior: eu não quero sentar, só me conta o que ta acontecendo 

Nadine: Júnior fica calmo 

Júnior: fica calmo ? A mulher que eu amo está em cima de uma cama desacordada a não sei quanto tempo, está pálida, emagreceu e nem de longe parece a Fernanda que eu conheço, vocês estão me escondendo algo e eu sei, então pode ir me contando TUDO AGORA - eu não queria gritar com a minha mãe e nem sei o porque fiz isso, mas eu estava começando a perder a cabeça 

Nadine: Júnior senta - se sentou e ficou esperando que eu fizesse o mesmo, sem ter outra saída me sentei 

Júnior: mãe não esconde nada de mim por favor, eu tenho certeza que uma simples pneumonia não deixaria a Fer assim - eu estava apavorado e com as lágrimas prestes a cair 

Nadine: filho - me olhou nos olhos e senti um novo arrepiou  percorrer todo o corpo - a Fer está com - respirou  fundo e abriu a boca umas três vezes, mas ela simplesmente não conseguia dizer, o que me fez ficar ainda mais apavorado 

Júnior: mãe - respirei fundo e segurei a mão dela - fala 

Nadine: ela está com leucemia filho - as lágrimas caíram junto com o meu chão que desabou, se eu não estivesse sentado com certeza cairia. Encarei a minha mãe embasbacado, sem querer acreditar no que eu tinha acabado de ouvir, aquilo não estava acontecendo, não era real, não podia ser 

Júnior: o que ? - levantei - meu Deus  - levei as mãos a cabeça - a Fernanda aqui desse jeito e eu em Barcelona vivendo minha vida, mãe porque ninguém me contou ? - comecei a andar se um lado pro outro desnorteado 

Nadine: ela não queria que ninguém soubesse filho - minha mãe também estava chorando e aquilo estava me destruindo de todas as formas possíveis - nós só descobrirmos essa semana, quando o tratamento começou a falhar e ela pegou pneumonia 

Júnior: não, não, não, isso não pode está acontecendo - balancei a cabeça em negação freneticamente - aí meu Deus, então foi por isso que ela - tapei a boca com a mão  e cai ajoelho no chão - foi por isso que ela terminou,  foi por isso que ela não aceitou se casar comigo - toda raiva que eu senti nos últimos dias se transformou em dor, dor era apenas isso que eu sentia. 

Nadine: ela não queria que ninguém sofresse por ela filho, e eu entendo a Fer, eu entendo, ela pode ter sido egoísta mas só pensou nas pessoas que ama  - ela se abaixou na minha frente e me abraçou 

Júnior: ela vai sair dessa né mãe ? Ela não vai morrer né ? - eu estava chorando de soluçar e por isso minha mãe me apertou ainda mais em seus braços 

Nadine: não filho, nós vamos lutar com a Fe e ela vai sair dessa - nós ficamos abraçados naquele chão não sei por quanto tempo, e tudo que eu queria era que aquilo tudo que eu estava sentindo passasse. Ouvimos passos e era a tia Gio
Giovana: Juninho - eu e a minha mãe nos levantamos e quando a olhei fiz a unica coisa que senti vontade, abracei-a, ela parecia tão transtornada quanto eu, e realmente, eu não esperava nada menos que isso - ela acordou e quer ver você - falou enquanto acariciava meu rosto limpando as lagrimas. Não pensei duas vezes, beijei o rosto da tia Gio e fui pro quarto. Quando me viu a Fer sorriu e eu senti vontade de sorrir também, mas o máximo que consegui fazer foi esboçar um sorriso. Caminhei até a cama e segurei sua mão
Fernanda: descu - sua voz era quase inaudível
Junior: shiiii, não fala - passei a mão pelo rosto dela - eu to aqui agora e não vou te deixar nunca mais - selei nosso lábios demoradamente e ela apertou minha mão. Meu Deus como era horrível vê-la naquela cama, daquele jeito. Eu fiquei ali com ela o tempo todo, apesar dela ter ficado mais desacordada do que acordada. Não quis sair de perto dela um minuto. O Duda tinha avisado la no Barcelona que eu tinha vindo pro Brasil por causa de saúde de um família e eles me liberaram pra ficar mais dois dias aqui. Só não sei se eu vou conseguir voltar pra Barcelona, porque já avisei minha mãe só saiu desse hospital co a Fernanda. Eu passei a noite no quarto com ela e a tia Gio, e fiquei o tempo todo sentado ao lado da cama segurando a mão dela. Quase não preguei o olho, porque ela dava um suspiro ou se mexia um pouco e eu já acordava. Fui pra casa mesmo de manhã por muita insistência da minha mãe pra que eu trocasse de roupa e comesse algo e na verdade só fui pra tirar ela dali um pouco.  

Fernanda narrando
   Acordei um pouco melhor do que eu tinha passado no dia anterior. Estar em um hospital é horrível, só fazem dois dias que eu estou aqui mas já quero mais que tudo ir pra casa, pro meu quarto. É mas eu não estou bem, apesar dos médicos não terem dito ainda o que esta acontecendo comigo, eu sei que o tratamento começou a falhar e por isso estou em cima dessa cama, conectada a um tudo de oxigênio e tomando soro. Nem respirar direito sozinha mais eu consigo, o que eu temia esta começando a acontecer, a leucemia que até então estava bem quietinha esta começando a se manisfestar no meu corpo e não posso esconder que estou morrendo de medo do que vem daqui pra frente. Só que nisso tudo existe algo bom, o Neymar esta aqui, ele atravessou o continente por minha causa, pra vir ficar comigo. Não conversamos direito ontem porque ele não me deixou dizer nada e eu não tinha nem mesmo forças pra isso, porém eu não sei se ele vai me perdoar sendo que nem eu mesma me perdoo pelo que fiz. Fui estupida e egoísta e mesmo assim ele ainda esta aqui do meu lado. Quando acordei ontem e o vi entrar por aquela porta pensei até que fosse um anjo e eu estivesse sonhando, era bom demais pra ser verdade. Pra minha surpresa era tudo real, e ele ficou ali comigo me fazendo companhia não sei por quanto tempo. Depois de acordar hoje olhei pro meu lado e a minha mãe estava ali
Giovana: bom dia meu amor
Fernanda: mãe você dormiu aqui ? - ela assentiu - você precisa ir pra casa
Giovana: eu to bem, não se preocupa comigo - como não me preocupar ? Ela estava abatida, e era disso que eu tinha tanto medo
Fernanda: o Junior ainda esta ai ?
Giovana: ele também passou a noite aqui com você, não saiu do seu lado, mas agora de manhã a Nadine conseguiu convence-lo a ir pra casa tomar um banho e comer algo
Fernanda: eu ainda não acredito que ele veio
Giovana: Fê ele te ama - sorriu e eu sorri de volta. A enfermeira entrou no quarto toda sorridente, ela é um amor, na verdade todos da equipe que esta cuidando de mim são.
Elena: bom dia - cumprimentou a minha mãe e depois eu - como passou a noite ?
Fernanda: acho que bem
Elena: vou te aplicar as medicações da manhã e mais tarde o doutor vem te ver - assenti e ela foi fazendo seu trabalho sem nunca deixar de falar comigo. Depois se despediu e saiu, uma outra mocinha trouxe meu café da manhã e o maximo que eu consegui foi beber um pouco de suco, mesmo a minha mãe ter ficado insistindo pra que eu comesse.
Fernanda: você não vai comer nada mãe ?
Giovana: acho que vou sair pra tomar um café, mas voltou rapidinho - beijou minha testa
Fernanda: pode ir tranquila - sorri pra ela e a mesma saiu. Fiquei olhando pro lado da janela que estava com as cortinas abertas e tentando imaginar o que estava acontecendo la fora enquanto eu estava aqui dentro presa nessa cama. Quando ouvi a porta se abrir pensei que fosse a minha mãe, então fiquei bem surpresa quando vi quem era, e apesar da sua carinha de abatido ele sorriu ao ver que eu estava acordada e sentada na cama, bem diferente de ontem.
Junior: oi - se aproximou da cama
Fernanda: oi - sorri
Junior: você esta melhor ? - passou a mão pelo meu cabelo e me deu um beijo
Fernanda: acho que até melhor do que mereço - suspirei - você não ia descansar
Junior: não consegui ficar longe do hospital
Fernanda: Junior
Junior: por favor Fernanda para de quer me manter longe - olhei em direção a janela e ele se afastou da cama fazendo com que um silêncio chato tomasse conta do ambiente - não posso evitar te perguntar isso - se aproximou de novo, ficando ainda mais proximo - porque me escondeu tudo  ? - não tive coragem pra olhá-lo - Fe me responde - me obrigou a olhá-lo 

Fernanda: Júnior eu não queria te ver sofrendo por minha causa, na verdade não quero, é minha obrigação te poupar de tudo isso 

Júnior: me poupar ? Fernanda eu te amo será que você não entende isso ? - as lágrimas que  começaram a cair me deixaram muda e evitei encara-lo - hein Fernanda ? - aumento o tom e quando olhei-o senti meu peito rasgar as ver seus olhos vermelho por conta do choro que ele estava segurando 

Fernanda: entendo Júnior, mas eu te amo tanto que só quero te ver feliz, vai atrás da sua felicidade ... 

Júnior: a minha felicidade é você - não deixou nem que eu terminasse de falar 

Fernanda: você não pode ser feliz ao lado de alguém que vai morrer 

Júnior: pelo amor de Deus Fer não diz isso 

Fernanda: mas é verdade

Júnior: caramba Fernanda, você não vai morrer, não vai 

Fernanda: EU VOU MORRER NEYMAR, EU VOU MORRER - gritei desesperada 

Júnior: FERNANDA PARA - segurou meus braços com força -  quer saber ? Você vai morrer, eu vou morrer, todos nós vamos, só não sabemos se vai ser daqui uma hora um mês um ano dez, vinte, cinqüenta anos . Não cabe a nós sabermos a hora certa em que isso vai acontecer. Eu só não vou te deixar desistir, não vou deixar que você entregue os pontos assim, você é muito mais forte do que imagina, eu to aqui é nos vamos lutar juntos - me abraçou apertado e pela milésima vez eu desabei. Meu choro estava tão alto que eu não consegui ouvir o dele, mas senti quando suas lágrimas molharam minha blusa. Não Júnior, não chora, não por minha causa, tudo que eu mais temia estava acontecendo e foi ainda mais horrível do que imaginei que seria -olha pra mim - segurou meu rosto entre as mãos e eu não tive outra escolha a não ser olhá-lo nos olhos - eu não vou desistir de você, não vou, ta me ouvindo ? Suas tentativas de me fazer ficar longe de você não diminuem o que eu sinto, e tudo que você fizer pra me afastar será inútil. Na minha lesão da copa eu precisei de você e você estava do meu lado, e agora eu vou estar do seu, nada do que faça vai me fazer mudar de ideia. É insuportável pensar que eu possa te perder e se isso acontecer vai ser a dor mais horrível que eu já senti, mas você mais do que ninguém sabe que é possível conviver com a dor então não tente me afastar. Porque eu te amo e nós vamos lutar juntos. - eu não tinha palavras diante aquilo que ele tinha acabado de dizer, então as lagrimas falaram por mim. Eu sei que disse que a declaração que ele fez pra me pedir em casamento tinha sido a mais linda que eu já tinha visto, mais com certeza essa "declaração" que ele tinha acabado de me fazer era muito mais linda. Apertei tanto ele em meus braços e ele correspondeu de uma forma que me senti segura ali, eu sempre me sinto segura em seus braços. O que mesmo me fez pensar que eu seria capaz de enfrentar toda essa batalha sem ele ? 
Fernanda: obrigada por não ter desistido de mim - desfiz o abraço e acariciei seu rosto tão molhado de lagrimas quanto o meu - me per...
Junior: não fala - repetiu meu gesto - eu entendo você, agora eu entendo - segurou meu rosto e me beijou calmamente. Foi um beijo rapido porque facilmente fiquei sem ar, mas sem duvidas foi um dos melhores. Ele deitou na cama do meu lado, entrelaçamos nossos dedos e ficamos brincando com eles enquanto riamos. Eu estava feliz porque simplesmente ele estava ali e também porque ele me fazia esquecer um pouco de tudo que estava acontecendo. Quando me dei conta ele havia dormido do meu lado, com a cabeça no meu ombro, parecia um anjo e devia estar tão cansado. Beijei sua bochecha do jeito que deu e me ajeitei pra que ele pudesse dormir melhor 
Fernanda: eu amo você - apertei sua mão - muito mais do que já fui capaz de amar alguém na vida - suspirei. Eu também acabei pegando no sono quando o meu almoço chegou. Junior continuava ali e agora a tia Na e a minha mãe também estavam, porque era horário de visitas, normalmente só pode ficar um no quarto. 
Junior: hora de almoçar 
Fernanda: serio ?
Giovana: se você não comer o tratamento não vai ter efeito
Junior: vai comer sim e não adianta recusar - pegou o prato de sopa, a colher e sentou do meu lado - abri a boquinha
Fernanda: Neymar eu não sou mais criança - tentei pegar a colher da mão dele
Junior: olha o aviãozinho - fez avião e eu gargalhei
Fernanda: para de ser bobo
Junior: ganhei uma gargalhada sua, meu dia já valeu - brincou com meu nariz - agora você vai comer tudo - Acredita que ele me deu mesmo comida na boca ? Me senti o Davi kkkk se bem que até o Davi já come sozinho. Acabei comendo tudo porque não tive outra saida e de presente ganhei um beijo maravilho depois.

Neymar narrando
   A Fernanda começou a reclamar que não queria comer então eu dei comida na boca dela assim ela não teve outra escolha. Ganhou até um beijo de recompensa no fim, não tem do que reclamar haha. Estou tão feliz e aliviado por vê-la bem, principalmente depois de ter visto o estado em que ela estava ontem quando eu cheguei, quero esquecer aquela imagem mas não sai da minha cabeça. Eu a minha mãe a tia Gio ficamos no quarto distraindo a Fer, até o médico dela, que se eu não me engano se chama Sergio, entrar no quarto e nos cumprimentar.
Dr. Sergio: como esta a minha linda paciente ?
Fernanda: agora to bem - ela riu
Dr. Sergio: acho bom, porque se reclamasse ia mandar te aplicarem duas injeções - riu
Fernanda: to otima, quero até ir pra casa
Dr. Sergio: assim que eu quero ver - deu um olhada no prontuario dela que ele tinha nas mãos - bom agora temos que conversar serio...

De todos os capítulos que eu escrevi esse com certeza foi o que mais acabou comigo

Mas como eu disse a volta de Feju seria emocionante, e acho que foi né ?

Espero estar atingindo as expectativas de vocês porque nem sei como agradecer por tanta mensagem linda que eu tenho recebido nos últimos dias. Obrigada por cada comentário e por todo apoio